sexta-feira, dezembro 29, 2006

Viagem a Setúbal (Parte II)

Depois do almoço no Pizza Hut do Continente de Leiria, fizémo-nos de novo à estrada.

Ao virar uma curva, sou surpreendido por um monumento... só tive tempo de dizer "Uou!". A A. M. disse: "É o Mosteiro da Batalha"!

O Convento de Santa Maria da Vitória (também conhecido como Mosteiro da Batalha), situa-se na Batalha, Portugal e foi mandado edificar por D. João I, como agradecimento do auxílio divino e celebração da vitória na Batalha de Aljubarrota. Em 1388 já ali viviam os primeiros Dominicanos.

"Temos de parar aqui"! - disse eu. Estacionámos o carro nesta pequena vila, onde a macrocefalia é de certeza o Convento de Santa Maria da Vitória... porque pouco mais há para além deste.

A primeira coisa em que se repara, é na estátua equestre de D. Nuno Álvares Pereira.

O Convento é simplesmente impressionante. O seu traçado combina vários estilos: gótico, manuelino e revivalista (neo-gótico).

No seu interior, visitámos a Capela do Fundador, onde se encontram sepultados D. João I e D. Filipa de Lencastre, num túmulo que ocupa a parte central da capela. À sua volta, também se encontram sepultados em nichos nas paredes: o regente D. Pedro e D. Isabel de Aragão, sua mulher; D. Henrique, o Navegador; D. João; D. Fernando, o Infante Santo; D. Afonso V, D. João II e Infante D. Afonso. Os vitrais são simplesmente magníficos. Têm, na sua decoração, motivos heráldicos.

O Interior do convento é dominado pelo seu traçado esguio e vertical. Faz-nos sentir verdadeiramente a magestuosidade do local.

Sem dúvida alguma, uma visita que recomendo.

Tudo isto auspiciava um fim-de-semana em pleno... se a viagem já nos tinha dado tanto de bom!

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Viagem a Setúbal (Parte I)

Há quinze dias atrás, no fim-de-semana, parti à descoberta de Setúbal. A época do ano parece improvável para férias, mas a verdade é que se escapa às confusões do costume e o tempo até ajudou a tornar o passeio bastante agradável.

Não dei descanso à minha máquina fotográfica e, em virtude disto, resolvi repartir a minha reportagem por vários posts.

A primeira paragem foi em Leiria, para uma visita fugaz ao seu castelo.

Este mostra-se imponente e domina toda a paisagem circundante em virtude da sua localização elevada. Foi mandado erigir por D. Afonso Henriques, cerca de 1135.

A porta de entrada faz juz ao imaginário sobre portas de castelos, com o seu ferrolho de grandes dimensões.


Devido à proximidade da hora de almoçar, não pude ir muito mais além que a Recepção. Fica prometida uma segunda visita a Leiria... o Castelo parece merecer...


sexta-feira, dezembro 22, 2006

É Natal!

Desde que me lembro, o Natal em minha casa é vivido de forma festiva. A sala veste-se sumptuosamente para esta ocasião, com os arranjos que eu e o meu pai lhe fazemos.

Antigamente, sofria com a espera até ao Natal por causa dos presentes... hoje encontro mais prazer em dar do que receber. Parece uma frase feita, mas é isto mesmo que sinto.

O prato de bacalhau com batatas, sempre bom, tem nessas noites um gosto especial.

Ontem à noite decidi imortalizar, em fotografia, parte da decoração de Natal. Liguei as luzes normais da sala, dispensei o flash e não dispensei o tripé... o resultado, é o que podem observar abaixo. Sintam-se livres para utilizarem estas imagens nos vossos postais electrónicos.

E já agora... Bom Natal! ;)

As figurinhas do presépio

A Árvore de Natal

Um pormenor da decoração da Árvore de Natal

Um Pai Natal saxofonista

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Finisterra

Pois é... tenho andado um pouco ausente da esfera bloguista, mas isto tem as suas justificações:
  • Aos fins-de-semana tenho tirado umas mini-férias;
  • Durante a semana, o trabalho acumulado não me deixa pensar em mais nada. Leia-se: é necessário acabar muita coisa antes do fim do ano.

Numa dessas mini-férias, mais concretamente há três semanas atrás, desloquei-me ao Cabo Finisterra.

Por volta das 9:30 saímos do Porto (eu, a A. M., o meu amigo N. B. e a sua namorada C.) e só parámos em Valença, para visitar a fortaleza (o N. B. e a C. não conheciam) e almoçar. Depois de recobradas as forças, aventurámo-nos pela Galiza adentro.

A caminho de Finisterra, houve uma paragem obrigatória: Santiago de Compostela. É evidente que quem vai a Santiago tem de visitar a Catedral!

Fazem parte dos rituais colocar a mão na coluna do pórtico da glória, dar três turras na cabeça da estátua que está por baixo dessa mesma coluna ao mesmo tempo que se pedem três desejos, abraçar a estátua de Santiago situada por trás do altar-mor e visitar o seu sepulcro.

Para quem não sabe, Santiago é São Tiago: um dos doze apóstolos de Jesus Cristo e, juntamente com Pedro e João, um dos seus apóstolos preferidos (Pedro, Tiago e João fizeram companhia a Jesus no jardim do Getsêmani, pouco antes da sua paixão).

Tudo isto para dizer que, visitar Santiago de Compostela, é uma experiência mística, espiritual e cultural bastante enriquecedora.

Dignas de visita são também as ruas pitorescas de Santiago. O comércio gira muito à volta do turismo religioso. É fácil perdermo-nos nas lembranças que se vendem por lá. Passe também pelo Museu de Arte Contemporânea, obra do arquitecto português Álvaro Siza Vieira.

Já se fazia tarde e lá seguimos rumo a Finisterra. Ficámos hospedados em Langosteira, uma pequena localidade perto de Finisterra, conhecida pela sua praia. Aí pernoitámos depois de termos comido uma espécie de fast food num barzito.

Pela manhã, partímos à descoberta de Finisterra. Nem calculam como é difícil encontrar um sítio para se tomar o pequeno-almoço! Ao fim de muito procurarmos, decidimos comprar algumas coisas num supermercado e prepará-lo em casa!

Depois deste percalço, voltámos a Finisterra. Existe uma marina que mereceu a atenção da minha máquina fotográfica.

Visitar o Cabo Finisterra é também uma experiência fundamentalmente mística, cultural e espiritual. Por um lado, estamos num dos pontos mais ocidentais da península ibérica (o ponto mais ocidental é o Cabo da Roca, em Portugal). Por outro, este é o quilómetro zero do Caminho de Santiago. Os peregrinos passam pelo Cabo Finisterra para queimar as suas botas de peregrinação e, por vezes, as suas roupas. Existe mesmo um monumento à bota do peregrino, perto do farol de Finisterra.

A partir do Cabo Finisterra temos uma vista priveligiada sobre o Atlântico e sobre a baía de Finisterra.

Visitámos também o Cabo Muxia, onde ficámos impressionados com a Igreja de Santa Maria (Virgem da Barca), de frente para o mar e muito próxima dele. Existe também um monumento digno de destaque, chamado "A Ferida". Foi erigido em memória do naufrágio do barco Prestige, que prejudicou gravemente estas paragens em termos ecológicos, económicos e sociais.

A última paragem foi o Cabo Vilán, com o seu imponente farol. Lá perto também visitámos um enorme parque eólico (coisa que parece abundar cada vez mais nas paisagens da Galiza e de Portugal).

À noite cometemos uma pequena loucura: jantámos numa célebre marisqueira da região "O Centolo". O restaurante deve o seu nome a uma rocha situada em frente ao Cabo Finisterra e que se diz ser responsável por inúmeros naufrágios. Não naufragámos na conta do restaurante, que até se mostrou adequada para o que comemos... estava tudo muito bom!

A viagem de regresso foi feita debaixo de muita chuva, mas ficou o desejo de voltar rapidamente à Galiza... para visitar outras localidades pitorescas.

Audiolivro - Poemas de Luiz Vaz de Camões (Português Europeu - Portugal)

Seleção pessoal de 22 poemas de Luiz Vaz de Camões (Luís Vaz de Camões na grafia moderna). Luiz Vaz de Camões (1524-1580) é o grande poeta d...